Para fins, meios e desvaneio


Fins sempre parecem percursos velozes e inacabados. Dá pra saber quando começa - o frio na barriga dá ânsia e pressa -, mas o meio nunca avisa quando apertar o freio - fica o choque pra recheio.

Restam faltas... Falta visitar a cidade de formatura e talvez até a natal. Falta fazer compras e dar presentes por lembrança não proposital. Falta dividir um sorvete e colocar enfeites numa noite fatal.

Falta conhece a prima bebê ou aquela que ainda vai nascer. Falta ir numa festa, o show talvez seresta, pagode em boate, acústico em bar, nenhum vai notar. Falta fazer aquela viagem, de mãos dadas, juntar as margens.

Falta a paixão dos dias, piadas, alegrias e... ser romântico, por todo Atlântico, se divertir à dois com bobagens. Falta dançar Zouk e perturbar domingo de manhã, talvez o dia inteiro. Faltam fotos no álbum que nunca vai ter um novo janeiro. Não falta calor mas falta no chuveiro.

Faltam fatos pra apurar, amigos pra cuidar, livros pra buscar, detalhes pra retirar, respostas pra não ganhar e sei lá... talvez falte sorte e no fundo sentimento seja esporte, mas no fim, pelo meio, pra começo, por tanto recheio, não é que falta você!? O eu vira devaneio.

Laís Sousa

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