Na vitrine
Como um troféu no meio da bugiganga, você me deixou de tanga, ai de mim que sou romântica... pena que você não me quis. (Daniela Mercuri) Desta vez parei e não significava consumismo nem tinha explicação clara. O brilho que aflorava daquela vitrine iluminou a pausa que dedicaria ao descanso se meus olhos não tivessem dilatado de forma que acionou todo o sistema imaginário. Aquele sorriso bobo tinha um motivo que certamente não se encontrava no que qualquer mercenário pudesse compreender. Estava muito além de um sonho tangível e me pergunto se não preferia que tivesse um preço monetário caro, ainda assim seria mais fácil de obter. Naquele momento o que me consumia era uma súplica por tudo que é mais valioso, que nenhuma vendedora interrompesse meus sonhos com educação na intenção de ajudar. Não porque demoraria e não aceitaria opinião na escolha já feita, não pela análise minuciosa que poderia dedicar às pedras ou a quantidade de ouro, mas não tinha mínima noção ...