"Então ficarão longe de nós os competitivos, os que sonham com mulheres submissas, os que não são seguros de si." (Marina Colasanti) Dia desses alguém confessou que me vê como uma mulher independente demais, daquelas profissionais bem sucedidas, de sucesso, e não falou muito além disso. Bem, fiquei entre o "desculpa, essa pode ser eu", mas preferi o "amém" de praxe, calando a aceleração de pânico no coração: "meu Pai, se todo mundo me enxergar assim, eu tô f#...rita!" Imaginei alguém sem acompanhante nas festas de final de ano. Lembrei que, com teor de quem afirma, já me perguntaram até se eu era geniosa, e agora eu penso: acaso fui eu quem foi pra rua queimar sutiã, pedir pra ser eleitora, dividir as despesas de uma casas, ter jornada dupla ou até mesmo ter opção de escolha matrimonial? Não, não fui eu... nem ao menos faço parte de algum grupo feminista, mas já que tenho privilégios que, inclusive acho muito dignos e interessante...