Desculpas.

Não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma... e falta de ar.” (Caio Fernando Abreu) Você é uma nascente de desculpas! Pelo não gostar, não estar bem, não ter tempo, não ter certeza, não conseguir, não estar completo, nem por perto, e até quando me aprensenta como amiga... É cômodo. Você já nem se importa mais, não faz questão de esconder. Aliás, sou só mais um destinatário das tuas desculpas, humildes e sem porcentagem de arrependimento. Me quer bem e bem sei que nem um passo além, para não ter que assumir. Como se não bastasse, se desculpam por você. Amigos dizem que eu devo te dar teu tempo, que é costume, que uma hora muda, que eu não devo desistir, que eu vou me surpreender, que eu combino com você, que existem marcas e que devo ser cuidadosa com tuas cicatrizes... Quantas marcas! Quantas cicatrizes! Sou só mais uma descontando em mim: Sofro com a ilusão, continuo alimentando bons sentimentos com solidão...