Primeira pessoa do singular

Eu não vive em função de ninguém... como diria Maísa: "Eu só falo o que penso, só faço o que sinto e aquilo que creio..."

Eu não pede pra nascer...mas ao nascer é e passa a ser.


Como já disse John Lennon, tem "o maior medo dessa história de ser normal". Eu sempre tem o diferencial...


EU é propriamente rebelde, se rebela ao é porque é... se rebela porque Raul Seixas já dizia, prefere "ser a metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo".

Eu precisa conhecer, entender, reconhecer... Eu não sabe quem é, porque se definir está dentro de um tempo, e os gregos filosoficamente já entendiam que o tempo modifica, ajuda ou complica.

Eu faz tudo que lhe agrada e não deixa de ser quando é direcionado, porque se o faz é porque lhe satisfaz!

Eu deixa de ser quando decide opor, contradizer, contrapor.. .porque vai estar fazendo em função de outrém, e eu não é função, é sujeito de si mesmo. Eu não é egoísta por isso, eu existe porque foi criado e deve ter sempre noção disso... existe pelo Criador que lhe deu tudo, mesmo a liberdade de se opor, Ele inquestionável.

Eu sabe também que é formado por condutores, cada um com seus EUs por dentro e essa é a questão duvidável!

Eu não é alienado, não se proibe de agradar, ceder... contanto que das entranhas do eu seja manifestado!

Eu não é surdo, embora possa teimosamente aparentar, mas especialmente não é cego e o fato de Eu enxergar lhe faz entender, de um ângulo seu, que pode ser torto. Não é de se admirar que já foi dito que os olhos são a porta do pensamento! Eu para de olhar e começa a ver, questionar o por quê do porque. A falta de alienação o faz pensador, parte da problemática, uma ver que para acreditar precisa enxergar. Não percebem que ler é ver, pesquisar é ver, imaginar é ver, assistir é ver, é preciso pensar pra entender!

Quem aprende a pensar é marginalizado, asas à liberdade e faixa de "todo errado". Eu aprendeu a falar, e fala agora, e agora? vê e gosta de outros lado de uma mesma história. O certo e o errado existe por ser confrontado. O ponto de vista se torna o ponto da questão, sempre há interrogação!

Se eu contrapõe a si próprio, alguns desejos, trejeitos, ações, é porque esse é seu querer consciente do que é, construiu como certo pra ser.

Se eu não segue um padrão já formado, não vampiriza, não é roborizado, é porque é manifestado, é o EU e não o outro modificado e com alguns aspectos acrescentados...

Eu é solitário, mas tem sempre alguém. Se tem alguém há duvidas se o amor de quem tá ao lado é pelo seu Eu ser ou pelo Ter do Ser. Mas Eu precisa de alguém, se dedica pra quem tem, ou se dá. Independente de porque, o eu tem quem lhe faz bem e não precisa ver reciprocidade pra ser doado. Para o eu importa o que sente, pode aprender sofrendo, mas terá sido presente. É do eu amar, se entregar e a partir disso contruir uma proteção, pode ser esquecimento ou esfriamento amedrontado!

Eu almeja e teme de um jeito único, não por querer ser do contra, não é vitrine que o eu vem aparentar. Eu deveria ser, mas não é. Eu é a partir do que não é.

Eu não tem como premeditar sempre. Eu erra, é incosequente porque é gente!

Eu tem idéias pensadas unicamente, opiniões coerentes com o que tem dentro dele e suas verdades são condizentes o que não lhe implica representar.

Eu não ver sentido em chorar, mas chora...

As vezes eu precisa se lamentar embora tudo seja aparentemente perfeito. Eu se lamenta porque vê nisso um jeito de compartilhar, de se salvar, de escapar do que é só seu e não tem como trocar. Eu se lamenta porque enxerga uma aparência dentro de si e em quem lhe rodeia. Do que adianta esconder aquilo que só o convívio mostrará? eu se questiona, cresce e acaba entendendo que tudo lhe obriga a disfarçar, esconder, aparentar... mas nem sempre dá!

É indignante que seja dessa forma que todos os outros vão se acalmar, apaziguar, felicitar.

Eu aí se torna irreverente, incoveniente, incontestante e não é intuito provocar. Eu faz entender que não importa aparentar, é preciso convencer, transparecer! E isso o divergirá da luta pra fazer o eu morrer sem pensar.

Eu entende que a única forma de se converter é conhecendo tudo e enxergando as mentiras pra não imitar ou assimilar.

Eu tem uma forma clara e nem tão explícita de se demonstrar que vai muitas vezes assustar!


As vezes eu se afirma na soberba, no "se aches", é também do eu o "só quer ser", pode ser sem percepção  e acaba percebendo que tudo não passa de insegurança, de uma tentativa de auto-confiança.

Eu não suporta ser comparado, não entende como ligação e semelhanças podem ser adaptáveis, isso lhe deixa incomodado.

Eu não segue passos, segue em frente...

Eu pode ser constantemente confrontado, questionado, rejeitado por se manisfestar. Todos os outras pessoas da gramática pedem massificação e submissão, mas ser social e solidário não significa deixar o eu pra lá. Tem Eu mais ele do que tudo, mas vai fazer reconhecê-lo?! Eu ama, eu se submete, eu obedece...
porque não? basta ser um jeito seu.

Eu não tem medo de amar, tem medo de se perder pro amor!

Comentários

  1. Bem EUs gostou muito do txt!rs
    O eu é fantástico, não é estático, não é apenas eu, mas muito mais!!
    Parabéns, muito bom txt!!

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