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Mostrando postagens de maio, 2013

Não se despeça de mim.

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Para não me despedir eu sumiria pela porta dos fundos. Nenhum problema em dizer tchau, te vejo qualquer dia, te vejo daqui há algum tempo, alguns anos... tudo incerto em poucos segundos longe dos olhos. É o fim de um momento, uma presença, uma fase...e não adianta comemorar porque depois de sorrisos é a falta que vai ficar na fotografia.  Olhos mais brilhantes, abraços que visgam, palavras que já não comunicam, gestos que se encaixam e as sensações que não passam. Tudo é diferente numa despedida! A despedida é quando a gente coloca no mundo a saudade que há algum tempo já havia gestação, sem noção. Partir ou deixar que vá carregando na bagagem tudo que nunca conseguiria ocupar o espaço de quem você carrega no coração. Nenhum peso é maior que a distância!  E já com o aperto no coração e a necessidade de partir - porque nenhuma vontade ousa sobressair ao apego - nesse momento de esforço e sucção das forças, é nesse momento que lágrimas te algemam, que palavras te corroem, que o

Mais um tchau.

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E de repente tudo vira um blá-blá-blá em câ-me-ra-leeeen-taaa. Tudo é muito raso e profundo e prolixo, e a única coisa que me vem a mente para falar é um: "cara, eu odeio despedidas, sabia?!". Odeio, odeio mesmo, odeio não saber o que falar, como me expressar, se devo chorar e onde devo colocar as mãos.  Odeio saber que cada tchau que damos pode ser o último e ainda nos arrancará a proximidade, o poder caminhar até tua casa e te encontrar lá. Odeio não ter te dado esse abraço puro e apertado todos os dias que te tive por perto, te acompanhando até a esquina da minha casa para prolongar nossos momentos juntos. Odeio saber que o toque dará lugar ao virtual, ao periódico, ao escrito, ao visual... Odeio o egoísmo que me faz querer te pedir pra ficar ou ir comigo enquanto declaro meu apoio no que for melhor pra você, sabendo que preciso seguir o melhor pra mim. Odeio a espécie de auto-enganação que crio pra me fazer acreditar que vai ficar tudo bem e logo vou te ve

Eu e o Nicholas...

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Minha paixão pela forma como o Nicholas Sparks acredita no amor e transmite em escrita não vem de hoje. Ele tem uma convicção para falar dos sentimentos, da reconstrução da vida,  uma naturalidade para lidar com a morte, atenção à aspectos das relações humanas, valoriza como poucos os ambientes naturais, cenas chuvosas, aquáticas, à canoagem, fora o apego às boas e velhas cartas, não é?! É um conjunto, tudo, cada pequeno detalhe que me encanta e faz crer que é possível, ainda é possível o amor  - seja avassalador, maduro, familiar ou incosequente. Assistindo ao filme Um Porto Seguro tive a ideia fixa de escrever a respeito e não me contive, como tudo que é acumulado, resolvi ir além desse filme em específico. Dentre os livros do autor que foram adaptados ao cinema, tem Um amor para recordar , filme que permaneceu por muito tempo como resposta compulsória à questão "seu filme preferido". Eu sei que não a única que simpatiza com o autor, e pensando nisso procurei detalhes

Ainda você.

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Ainda que você não saiba, tatuei o teu nome no peito. Me droguei com sonhos, acordei no sofá. Ainda que você não entenda, não escrevo o remetente da carta. Talvez você rejeite minhas digitais, mas assim eu posso, ainda que discretamente, te tocar. Ainda que você não adivinhe, minha cama sente o frio quando você vai embora. Ela inveja quando aqueço imaginando trocá-la por teu colo. Ainda que você não perceba, blindei minha porta. Só você pode entrar, mas canso de perceber pelas manhãs que você não está lá...  Ainda que você não lembre, nos comunicávamos muito. Hoje, a raridade enfraquece nossa maré, nossa viagem de dois tripulantes, nossa luz acessa em beijos. Tudo passa, ainda que não preveja quando... Ainda que você não leia, estou escrevendo o que nunca fui capaz de dizer. Certamente não enviarei, talvez queimarei para que os sentimentos ardam, a dor não fique mais tão em chamas, te chamando. Ainda que você não perdoe, quero ser clara. Seria dramática se assumisse m

Seguir em frente, apenas.

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O mundo vive requerendo uma exatidão que não existe, que nunca ninguém encontra sem margens, sem brechas, sem arestas, sem fé, sem teimosia, ponto de vista, controvérsias e questões especiais. Verdade x Mentira, Certo x Errado... e assim por diante. Adaptam essa "exigência" para todas as esferas da vida, como, por exemplo, os relacionamentos. Aí, é como se as coisas que não deram certo passassem automaticamente para o lado errado. E isso é uma espécie de blasfêmia, porque um dia deu certo sim, deu sim, mas acabou! Aí tem gente que apaga/rasga foto, que queima cartões, joga fora presente, que risca o nome da agenda, exclui do Facebook, como se não houvessem lembranças, bons momentos vividos. Eu não concebo que aquilo que um dia foi chamado de "amor" seja transformado em raiva, rancor, qualquer outro sentimento inverso e impuro...isso é recalque. Foi amor, sabe?! Mesmo que tenha acabado vai ter sido um capítulo da história. O sentimento vai mudar com

O que iguala uma mãe

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  Mãe se apaixona pela ideia de ter dois corações batendo dentro de si. Mãe consegue lidar com todo o incomodo que deforma durante 9 meses como nenhuma outra mulher suportaria.  Mãe reclama do batom roído, guarda-roupas bagunçado e do salto quebrado sorrido porque no fundo sabe que a intenção é sermos como elas. Mãe educa antes de sair de casa porque não quer que ninguém reclame o filho dela. Mãe quer ser que responda quando chama seu nome porque dentro de uma casa não há um nome mais requisitado que o dela. Mãe  deve ser obedecida porque costuma se doar bem mais que pedir. Mãe liga e pergunta se você está comendo direito porque sabe que em qualquer lugar que esteja se alimentando a comidinha não passou pela supervisão dela. Mãe toma partido do namorado da filha porque é bem provável que a discussão gire em torno de uma questão que ela já conhece, levanta e não concorda, "e não foi por falta de ensinar". Mãe te força a aprender porque até pra mandar você t

Bem treinado pra pensar...

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Estreiado em janeiro, quem ainda não assistiu pode correr atrás, só por um pouquinho mais de ação na vida. rs... Houveram lembranças de filmes como Sherlock Holmes e Missão Impossível da galera com quem assisti, mas confesso não lembrei de nenhum deles visto a singularidade deste. Tom Cruise - que não alcançou o nível de minhas expectativas em Oblivion - estampa Jack Reacher , um filme que cativa pela inteligência com que foi escrito e dirigido por Christopher McQuarrie, e agrada até o último tiro . Tudo começa com um crime realmente brutal em Indiana, 5 pessoas assassinadas por um atirador de elite sem explicação lógica. Barr, com um histórico sujo na sociedade, é acusado com poucas chances de defesa. Este acusado temia Jack, um ex-combatente veterano, ficha limpa e um fantasma para o governo, que dedica-se a fazer a verdadeira justiça, e que havia lhe prometido aparecer acaso ele se envolvesse em confusão. Jack, que havia sido citado por ele em interrogatório da polícia antes d

Sacudida no comodismo

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É bem senso comum não acreditar que a nossa realização, seja ela pessoal ou profissional, não depende de nós, das nossas escolhas, da forma de pensar, a colheta do que platamos, o primeiro passo, a busca foca. Não é à toa que cabe à maioria a mediocridade. A desculpa da fé depositada nas mãos de Deus. O engano do "Deus não quis"... E aí, dentre tantos, alguns se destacam na conquista de sonhos em todos os setores da vida, atuam como protagonista do roteiro mesmo, e ele sai exatamente como planejado. Se houver culpado na história, é ele mesmo e não terceiros, porque eles tomam para si a responsabilidade de seus fracassos, mas esses também sabem ter mérito e receber os aplausos merecidos pelas conquistas e vitórias. Perceba, é vítima quem se acomoda, quem se submete, se acostuma, não faz por merecer. Quando é meta, é sonho, existe vontade, engajamento, não há desistência, o universo conspira contra os contratempo, possível família, governo, sistema e o que mais se colocar com

Mais uma loucura!

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E aqui está mais um filme pra manter guardado no HD e no coração: "Sou louco por você" (Tengo gana por ti) veio direto da Espanha trazer 120 deliciosos minutos de sentido, me deixando "Três metros acima do céu". Uma produção de Fernando Gonzalez Molina, adaptação do best-seller de Federico Moccia onde Hugo, vulgo Hache ( Mario Casas ) volta de Londres a Barcelona após um tempo fora, mas as coisas não eram as mesmas, estavam mais velhas: "não velha de velhas, mas... de ter perdido coisas", inclusive dentro de si. Ele ainda não tinha esquecido a antiga namorada, Babi ( Maria Valverde ) que já tinha reconstruído sua vida estando a beira do altar. Porém, decide recomeçar, sair com amigos e nisso encontra a Genebra ( Clara Lago ), a Gin, que ele chama de tônica, numa relação construída com muito senso de humor, doçura e inteligência. O relacionamento se desenvolve mas Hache ainda tem dúvidas quanto a Babi, a si mesmo, às feridas que carregava. Quando e