Mais um tchau.



E de repente tudo vira um blá-blá-blá em câ-me-ra-leeeen-taaa. Tudo é muito raso e profundo e prolixo, e a única coisa que me vem a mente para falar é um: "cara, eu odeio despedidas, sabia?!".

Odeio, odeio mesmo, odeio não saber o que falar, como me expressar, se devo chorar e onde devo colocar as mãos.

 Odeio saber que cada tchau que damos pode ser o último e ainda nos arrancará a proximidade, o poder caminhar até tua casa e te encontrar lá.

Odeio não ter te dado esse abraço puro e apertado todos os dias que te tive por perto, te acompanhando até a esquina da minha casa para prolongar nossos momentos juntos.

Odeio saber que o toque dará lugar ao virtual, ao periódico, ao escrito, ao visual...

Odeio o egoísmo que me faz querer te pedir pra ficar ou ir comigo enquanto declaro meu apoio no que for melhor pra você, sabendo que preciso seguir o melhor pra mim.

Odeio a espécie de auto-enganação que crio pra me fazer acreditar que vai ficar tudo bem e logo vou te ver.

Odeio partir ou ter que te deixar partir estando alegre ao ouvir teus planos, desbravando novos caminhos, ao tempo que enxergo nosso trânsito entre a segurança do querer e tanta insegurança de quem não sabe ao certo o que encontrará em frente.

 Odeio saber que o tempo passa mesmo, afasta mesmo, ocupa mesmo, muda o foco mesmo, distancia mesmo, modifica mesmo e ele é mais forte que nós e o querer.

Mas a fé rema pra frente!

A vida tem um montão de surpresas, e te ver novamente pode ser breve como pode nem mais ser... o que passou, o que ficou e quem parte agora, ficarão amparados em mim e nas mãos de Deus. É perene!

Já seguimos em frente, nos vemos pequenininhos, ao longe, far way, sumindo na escuridão. Continuamos do tamanho certinho de ficar ainda mais fixado no coração!






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