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Mostrando postagens de fevereiro, 2013

Desculpas.

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Não me venha com meios-termos, com mais ou menos ou qualquer coisa. Venha a mim com corpo, alma... e falta de ar.” (Caio Fernando Abreu)   Você é uma nascente de desculpas! Pelo não gostar, não estar bem, não ter tempo, não ter certeza, não conseguir, não estar completo, nem por perto, e até quando me aprensenta como amiga... É cômodo. Você já nem se importa mais, não faz questão de esconder. Aliás, sou só mais um destinatário das tuas desculpas, humildes e sem porcentagem de arrependimento. Me quer bem e bem sei que nem um passo além, para não ter que assumir.  Como se não bastasse, se desculpam por você. Amigos dizem que eu devo te dar teu tempo, que é costume, que uma hora muda, que eu não devo desistir, que eu vou me surpreender, que eu combino com você, que existem marcas e que devo ser cuidadosa com tuas cicatrizes... Quantas marcas! Quantas cicatrizes! Sou só mais uma descontando em mim: Sofro com a ilusão, continuo alimentando bons sentimentos com solidão, vendo c

Permissão para machucar

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“É de minha responsabilidade não ficar triste, não deixar ninguém me magoar, não deixar que nada de ruim me aconteça.” (Martha Medeiros) Foi acenando com um sorriso para alguém que me machucou e, por alguma ironia, continuava me cumprimentando com um apelido íntimo, que me dei conta que toda mágoa que sofremos provém do um "vale" que distribuímos. Mas o poder de superar está dentro de nós! Cumprimentá-lo não me doeu, não me lembrou de nada, não me abalou... foi só... indiferente! Colocamos nas mãos de algumas pessoas o poder de nos atingir, nos atordoar, nos machucar. As pessoas aproveitam brechas - as brechas que abrimos para aqueles em que depositamos mais sentimentos, maiores expectativas -, mas só nos machucam até onde permitimos. É como uma doença que pode ter cura, pode ser diagnosticada enquanto há tempo... do contrário, se alastra, mata aos poucos, vai ao pó... Eu sou plenamente a favor do perdão e, sim, acredito que todas as pessoas têm seus motivos, suas

Miseravelmente fã...

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Fui pro cinema a passeio, ao escolher o filme da vez, "Os Miseráveis" chamou atenção. Apontava adaptação do musical da Broadway, parecia uma boa pedida! Sessão iniciada, e sabe aquela sensação de que conhecia aquela história!? Me remeteu a sexta adaptação para o cinema (1998) do romance de Victor Hugo (1862), dirigido por Bille August, com atores como Liam Neeson , Geoffrey Rush , Uma Thurman e Claire Danes . E era!  Achei engraçado que mesmo com mesmo nome e tendo aquela história inesquecível a qual eu tinha me apegado, não quis acreditar, mas era convencida ao passo que ansiosa já previa a próxima cena, que agora, viria revelando não só os rostinhos mas as vozezinhas assim, singelas, de atores como Hugh Jackman , Russell Crowe , Anne Hathaway , Amanda Seyfried , Helena Bonham Carter , Sacha Baron Cohen , Eddie Redmayne , Samantha Barks .  . Mesmo sendo um drama tristonho, posto às mazelas e diversos aspectos de misérias vividas em terra, em específico, a França em

Temporada de caças.

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São dois filmes com potencial para posts exclusivos, mas me apeguei às similaridades, dentre elas, caçarem com habilidade um espaço privilegiado na lista de indicação.  Django Livre - algumas pessoas nos despertam curiosidade, Django ("com j mudo") é daqueles que cativam nossa atenção. Após escravidão, livre, lhe atrai a proposta feita por um típico branco com alma negra de acompanhá-lo numa missão a fim de tornar a sociedade um lugar mais agradável, "matando homens brancos e corruptos e ainda recebendo por isso". Num faroeste trash, daquele misto de vingança sanguenta e humor irônico, romance com lendário alemão e uma trilha sonora excepcional, Tarantino dá mais uma sacada de mestre nos diversos âmbitos em que a desigualdade de raça foi tratada. E no elenco podemos admirar brilho de atores como Jamie Foxx , Christoph Waltz , Samuel L. Jackson , Leonardo DiCaprio , Kerry Washington em 2'45'' que passam despercebidas. Caça aos gângsteres - A ci

Show de bunda...

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 Eu sei que é um tema 'batido' (embora continue bem empinado) e que pode soar como recalque, mas o carnaval é uma surra de bunda tão grande que insisto em 'bater' até furar as "cabeças duras" que não se convertem. Eu aguardo, espero, anseio pelo tempo em que a sociedade se dará conta de que nenhum benefício ético e moral se encontra nesse tipo de prazer, porque convenhamos, não se trata de admirar a nudez, a beleza do corpo feminino, a arte... se trata de exibição, exposição, vulgarização! Hoje, para completar, me deparei com essa charge, rs ... Eu tento rir pra não levar a sério, porque não é possível! Mais que achar legal a expressão “menina que encanta pela cabeça e não pela bunda” sou adepta das mulheres que vivem isso. Nem melão, nem comissão, nem bundão, tanto “ão”... o que falta mesmo é cabeção! Quando nós mulheres nos arrumamos, deve ser a fim de se sentir bem, mas o instinto de "sedução" ultimamente está pagando peitinho, calcinha (

Brinde a feiura.

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Ao falarmos de pessoas bonitas somos capazes de soltar as hipocrisias mais tenebrosas. Somos sim, hipócritas! Convenhamos que beleza e caráter são diferentes, mas tentamos maquiar a feiura com a "genteboice". Costuma-se complementar com "beleza não põe a mesa". Mas é claro! para que se quer beleza encima de mesa se costuma-se utiliza-la nas camas, sofás, paredes, banheiros e tome-lhe cômodos que despertem desejos...?! Sejamos sinceros para reconhecer que a priori sempre nos interessamos por uma pessoa que tem a estética agradável aos olhos, tatos e paladares. Vai dizer que as pessoas feias que você pegou no carnaval foi na sobriedade?! A feiura nunca ganha a frente na corrida, é obvio. E agora, posso estar transmitindo a ideia que me acho totalmente encaixada nos padrões de beleza, mas acreditem, julgo-me o contrário, já fui desclassificada na pista e sou adepta do grupo que se convence no espelho da seguinte forma: se você reparar bem, meu querido, de-longe-d

Impossível, O.

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Já 'participei' de uma capotada de carro com minha família e a sensação é de sermos frágeis palitinhos dentro de uma caixa de fórforo a deriva no destino. Caí de moto e fiz a maior e mais dolorida ferida da minha vida, uma dor enloquecedora embora tenha se restrigido a apenas um dos meus membros. Meu irmão, quando pequeno e curioso demais, desapareceu por alguns minutos dentro de um grande centro médico e o pavor do desaparecimento nos invadiu apesar da esperança de reencontrá-lo durar até o fato. - Todas essas situações relembradas acima foram encaradas como "ondas", davam a impressão de que não iria "segurar", como se fosse maior, fosse passar por cima, estivesse fora da lógica do proceder da vida. É, todo mundo já passou por algum susto, problema, perrengue na vida. Seja por doer, por perder, mudanças, fins... afirmo impossível passar pela vida imune e acredito que essas sejam maneiras poderosas de nos fazer amadurecer. Ninguém merece, mas convenhamos