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Mostrando postagens de junho, 2013

A culpa é minha e eu compartilho...

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Pra confrontar meu prejulgamento pela capa, estava ali " A culpa é das estrelas ". Capinha sem jeito como desenho de criança, misturando o azul celeste com nuvem negra para o título e nuvem branca para o autor - com mesmo destaque? - e continuada com promessas de me fazer rir chorar e querer mais. Parecia presunção se não me informasse que veio da mesma cabecinha que acompanho raramente através do vlogbrothers no youtube. Mas porque raio a culpa é das estrelas numa capa que contém nuvens? Que estrelas? literais ou os "astros"? A culpa de quê? Qualquer culpa? Eu e minha curiosidade pipocada rapidamente em listas considerável de questões que não me deixariam em paz... E nada me dizia que me aguardava um belo romance com profundidade, sem perder de vista cotidianidades. Comecei do primeiro capítulo a me identificar com a Hazel Grace, que vive sintomas de morte convivendo com o câncer. Na trajetória doce, melancólica e ainda divertida, são expostos dilemas de uma

E eu continuo esperando.

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Hoje eu estou para nostalgia, me envolvi em cartas, daquelas que em cada letrinha sentida declara amor e comove um tanto de saudade... estou sentindo que apesar e por tudo, minha vida é perfeitinha, e tenho o que agradecer a pessoas extremamente específicas. Mas o fato é que esta forma de encarar a vida tem um doce enredo. Já perdi as contas de quantas vezes assisti Esperando para sempre (Waiting for Forever) desde o lançamento em 2010 - esse é um daqueles filmes que endoçam a teoria de que a cada nova leitura encontramos uma coisa a mais para aprender, no caso, amar. Certamente será aquele de cabeceira requisitado para repetir a cada falta ou dúvida de opções, enquanto de conchinha com o namorado, num dia de chuva, reencontro de antigas amigas ou somente só! É um filme retrôzinho, fotografia perfeita, trilha sonora deliciosa, recheadinho de fofura, e não é pra menos, made in Emma ( Rachel Bilson ) e o Will ( Tom Sturridge ). Agora, se eu quiser elogiar, utilizo expressãozinha

Desvaneando a aliança do meu vô

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 Sempre quando encontro meu vô, involuntariamente dou aquela checada na aliança dele. Cara, vocês não sabem a sensação de ver aquilo: uma coisa larga e brilhante que desde que me conheci por gente e me permitir observar está naquele mesmo lugar, e já estava ali por muitos anos. Parece tatuada, perdida e bem achada naquela mão vivida, cabeluda, de pelo lisinho e esbranquiçado, de pele não mais tão firme quanto costumava ser... Quando meu avô percebe que ela é observada ou em alguma circunstância ela entra em pauta, se apressa em regozijar: para tirar aqui só cerrando ! - O riso do meu avô é doce e encantador, nada parecido com aqueles velhinhos carrancudos. Seu riso é realmente um vislumbre quanto descoberto por baixo daquele bigode sempre bem feito e que causa leve movimentação naqueles cabelos escorridos, sempre ajeitado no gel, e que tem um pente a seus dispor ao alcance do bolso da camisa.  E eu só consigo fazer ideia do quanto soa vitorioso terem chegado até ali, com um casament

Amigo pelo tempo que for...

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Hoje é aniversário de um dos meus maiores presentes. É sim, a cada dia ele acha uma maneira mais linda-de-fofa-e-gostosa de manifestar sua amizade, sua fidelidade... de ser meu colo mais peludo e meus ouvidos mais atentos. Uma das criaturas mais amáveis, bondosas e preguiçosas que eu conheço e que sem dúvidas não troco por qualquer uma da minha espécie não.  É aniversário do meu "príncipe liiindo" que herdou na certidão de nascimento também meus sobrenomes - entrou na família assim que nasceu, mesmo sendo de raça diferente: Tyller é um Akita. Ao longo desses 4 aninhos houveram muitas descobertas, uma delas é que ele é albino e requer uma atençãozinha especial a mais. Meu bebê doentinho sofreu um tanto, fazendo toda família sofrer por tabela, no tratamento da febre do carrapato que gerou glaucoma e, gradativamente, lhe levou a visão. No entanto, por mais difícil que foi e continua sendo esse processo, ele não deixou de ser nossa estimação preciosa e querida, que apronta e qu

PANEM ET CIRCENSES

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 Do latim para o português bem claro e escrachado:  Pão e Circo Até quando migalhas de pão - lê-se Bolsas, sem que haja investimento em meios que viabilizem sustento pelos próprios esforços -, e Circo - lê-se eventos como a Copa em que ouvimos "Brasil" ressoar em patriotismo uno -, farão brasileiros, de barriga cheia e diversão ilusória, desistirem de suas responsabilidades práticas e, portanto, abdicar de seu único e inestimável poder alcançado a décadas de luta atrás? Nesse inverno sinto vindo ao vento uma primavera necessária, que exala cheiro de outrora, trazendo uma situação histórica que queremos e podemos modificar, transcrever e escrever de outra forma. As ruas são as maiores arquibancadas que temos! As redes podem ser goleadas por boladas revolucionárias. E se o mundo nos olha agora, que nos vejam completamente... enxerguem nossos hospitais, escolas, segurança e transportes sucateados. Nosso povo desrespeitado por um governo corrupto. Nossa sede de mud

Seríamos, somos e seremos.

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Eu senti teu coração, mas alguma coisa no compasso contínuo do meu indicava que não era nossa hora. Você não estava ali, mas se tornou presente. Nos ambientes, nas conversas, conversas, tantas conversas. Houve troca, de afinidades, de amigos, de colo, ao entrelaçar os dedos. Enquanto brincávamos de ser de brinquedo um silêncio instantâneo permitiu que ouvisse meu coração e dessa vez batia forte, indicando que era chegada a hora de acontecermos. Seríamos nós? seríamos nós apesar do passado e o tanto de questões que envolvia? seríamos nós apesar do nosso grau similar de falta de coragem? seríamos nós se já éramos e ainda assim conseguíamos passar despercebidos? Seríamos na agonia que surgia em meu coração ao te dividir, na agonia ao te ver partir, na agonia em esperar por ti. Seríamos no despertar do meu coração em cada lembrança tua, no vínculo de nos divertir conversando bobagem. Seríamos no penteado que fazia para mexer nos teus cabelos querendo penetrar a tua cabe

Relacionamento aberto

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Meu namorado é tão fofo que chega a ser redondinho. Confesso que acho isso lindo, ele simplesmente desce, se encaixa sem arestas, sabe?! Realmente o recheio que lhe compõe é amor. Eu sou apaixonada por ele, mas sinto que não posso amá-lo. Ele é pouco estável, bem volúvel e tão distante de ser eterno... mas eu não o troco por nada e por ninguém nessa vida. Ele não se importa em girar, aliás, ele até me propõe encontros, me incentiva a voar...mas sei que por onde for, estarei nele e ele em mim. Ele continuamente me surpreende e eu sinto como se nunca fosse conhecê-lo por completo. Ele é dinâmico, posso afirmar sem medo que tem mil em um. Ele faz o cenário, o horário, o temporal. Ele  ajuda a me descobrir e eu não sei o que seria sem ele. Ele é popular e sei que não se relaciona somente comigo, mas ahh!, a base que me prende é ser aberto, livre. Só ele me permite a sensação tanto pesada quanto deliciosa de senti-lo em minhas mãos. Feliz dia para quem é apaixonado pelo mundo

Toc, toc, toc...

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 Odeio talheres desorganizados. Odeio encontrar vasílias sem tampa. Odeio panelas destampadas na geladeira. Odeio perceber que alguém desorganizou minha bagunça. Odeio achar a vitrine perfeita no dia errado. Odeio sentir calor em dia nublado. Odeio chegar das compras e perceber que esqueci algo. Odeio lerdeza. Odeio indiferença, distância, imbecilidade. Odeio sentimento teimoso. Odeio sentimentalismo abestalhado. Odeio quem fala "nada" demais. Odeio quem fala "nada demais". Odeio burocracia. Odeio dúvida, odeio continuar na curiosidade. Odeio palestra disfarçada de pregação - odeio o vice-versa. Odeio marasmo. Odeio monotonia imposta. Odeio fingir. Odeio suportar. Odeio achar que é. Odeio prazos chegando. Odeio atividades em processo. Odeio o olhar de um gato. Odeio a visita de uma barata. Odeio a invasão das formigas. Odeio ardor de queimadura. Odeio sensação de dor. Odeio esquecer significado. Odeio não ser poliglota por osmose. Odeio enredo previsível. Odei

A vida por outro ângulo, e bem similar...

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  Aquele filme que trás controvérsias entre o apreço do público e o ganhar de um oscar... Trago O lado bom da vida aqui porque me encaixo entre aqueles que gostaram, sem pousar de cult nem nada. Eu realmente gosto do estilo retrô exibido, da possibilidade de interpretação para bons entendedores, trago porque realmente gostei da proposta do autor Matthew Quick. O que amei foi o paradoxo da Tiffany ( Jennifer Lawrence ) ter sido "abandonada" no momento em que mais precisava de ajuda, no momento em que a viuvez lhe fez tomar medidas desesperadas. Somente quando ela ofereceu ajuda ao outro, foi amada, valorizada, capaz de mudar os planos futuros de alguém e orientar-lhe a vida. Às vezes a gente só precisa se deixar observar quem temos ao lado para acreditar no potencial que existe em nós mesmos... Ao seu lado, Pat Solitano Jr. ( Bradley Cooper ), que passou um tempo no sanatório após perder casa, o emprego e amada mulher. Decidido a reconstruir sua vida, acreditava na pos

Camaleão

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 Se for pra ser criança, posso ser a menor e mais infantil delas. Se for pra ser adulto, posso ser o mais chato e intransigente. Para ser profissional as vezes esqueço que sou humana. Para ser humana não esqueço nem um dígito, nem um detalhe de ser pecado. Para ser um personagem, sou mística. Para fantasiar ponho máscara. Para ser escritora sou romântica. Para sentir sou desconfiada. Para amar tenho foco. Para focar ganho lentes. Para gostar me encanta. Para me encantar é diferente. Para ser diferente tem problema. Para ter problema é gente. Para ser gente camufla. Ao camuflar cambaleia, camaleia!