PANEM ET CIRCENSES

 Do latim para o português bem claro e escrachado: 
Pão e Circo



Até quando migalhas de pão - lê-se Bolsas, sem que haja investimento em meios que viabilizem sustento pelos próprios esforços -, e Circo - lê-se eventos como a Copa em que ouvimos "Brasil" ressoar em patriotismo uno -, farão brasileiros, de barriga cheia e diversão ilusória, desistirem de suas responsabilidades práticas e, portanto, abdicar de seu único e inestimável poder alcançado a décadas de luta atrás?

Nesse inverno sinto vindo ao vento uma primavera necessária, que exala cheiro de outrora, trazendo uma situação histórica que queremos e podemos modificar, transcrever e escrever de outra forma. As ruas são as maiores arquibancadas que temos! As redes podem ser goleadas por boladas revolucionárias. E se o mundo nos olha agora, que nos vejam completamente... enxerguem nossos hospitais, escolas, segurança e transportes sucateados. Nosso povo desrespeitado por um governo corrupto. Nossa sede de mudança! Que venham nos visitar, que se juntem a nós nessa busca do melhor que nossa terra tem a oferecer, que entendam o quanto as manifestações que emergem ao redor do mundo, no Egito, em Londres, na Turquia, são incentivos para que não continuemos em nosso estado de acomodação, deitados em berço esplêndido.

Enquanto acordamos como povo, os governantes custarão a conseguir dormir - ouvi por aí! Não é vândalo quem se manifesta em favor dos direitos e contra uma ditadura disfarçada de democracia - que cala, que oculta, que releva fatos. Vândalo - do dicionário: Aquele que destrói monumentos ou objetos respeitáveis; Inimigo das artes e das ciências; Indivíduo que tudo destrói, quebra, rebenta - são aqueles que obriga tropa de policiais, povo como a gente, classe também desamparada de seus direitos, a confrontar violentamente os civis em desonra ao voto de proteger a sociedade.

E para que não me envergonhe da profissão que escolhi no intuito de cumprir responsabilidade social, eu peço: Que o quarto poder, o poder midiático, não seja apenas mediador das informações permitidas onde tendenciosas cabeças geniais tanto ou quanto prostituída pelo lucro capital, parcerias políticas, ou individualidades bandeadas pela defesa de classe ao invés do todo, não se vislumbre pelo show com entradas VIPs, pelo palco armado para convidados restritos, de egoístas, desumanos, limitados por classes, "burgueses sem religião" - não parece um futuro que esperamos para nação!

Brasil, é boa a sensação de sentir no ar a percepção, inquietação. Da volta às ruas filhos que não fogem à luta. É bom aproveitar as inovações tecnológicas para exercitar redes sociais em benefícios maiores e melhores. Para que nada cale, para que nada pare, para que vaias nos representem, para que façamos parte de um gigante verde amarelo, gigante que se levanta politizado, bem representado pela força presente em todas as pessoas, capacitando-as a afetar outros, a se unir independente de time, sem exceção de nenhum estado brasileiro, na torcida em prol do país de real progresso, de real organização, onde ricos possam oferecer propostas que os pobres tenham que aceitar...


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