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Mostrando postagens de março, 2013

Todos temos fé!

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 Uma morte é sempre chocante, mas quando a vítima é menosprezada consegue ser banal. A morte de cruz era crueldade para sentenciar bandido, quiseram fazer da morte do Criador mais um acontecimento oculto, mas a natureza se manifestou indignada e mais, Ele ressurgiu. Só um coração  gélido é capaz de recusar com frieza um sacrifício de amor, Alguém capaz de dar a vida em meu lugar e tem poder para retornar a vida. Todos temos fé. Levanto a bandeira de que é preciso ter ainda mais fé para acreditar que não há no que crer, e ainda, que cada detalhe ao redor foi evoluído ou derivado de uma explosão. É preciso fé pra crer em bruxa e desconfiar de Quem tem a cura.  É preciso fé para crer em extra terrestre e desconfiar de Quem conhece cada planeta como a palma das mãos.  É preciso ter fé para acreditar em contos de fada e desconfiar do Príncipe das Nações.  É preciso fé para acreditar que todo poder vem de dentro e desconfiar que tem uma força maior que rege tudo ao redor.  É pr

E viver...

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(Texto escrito no pôr-do-sol passado. Se aproximando a páscoa, tempo de reviver!) Eu escrevo diretamente de debaixo de uma árvore porque me permiti atender à necessidade de contato com a natureza, de ver o pôr-do-sol e não somente olhar no relógio e imaginá-lo acontecendo. Hoje eu quis ter os cabelos bagunçados pelo vento, receber um cheiro da brisa fluvial, os barquinhos amarrados na beirada. Hoje eu busquei o amor pela paz, aliviar a cabeça dos atordoamentos problemáticos e cotidianos, quis ouvir somente a voz dos pássaros. Estou me sentindo propriamente viva, como a grama, que mesmo estática, sei que cresce e vive. Não quero reportar nada, somente me permito declarar o quanto é bom viver apesar dos efeitos humanos que destoam a paisagem, das formiguinhas que fazem cócegas ao insistirem em caminhar por meu corpo, dos mosquitos nada agradáveis. É que eu sinto sabe?! Eu estou viva... e acredito que arte está na minha relação com o meio, algo que causo e sofro, algo que deixa d

Paixonite.

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Era uma palestra entediante até sentar um casalsinho fofo na minha frente. Fofo do tipo inacreditável, não dava pra acreditar que aqueles dois rostinhos, que não alcançavam nem o grau de de novinhos por nem terem ainda espinhas na face, já estivessem assumindo um compromissozinho...eram realmente infantis, juvenis, vai! dos seus 11 ou 12, no máximo. Ele chegou, meio tristonho, alcançou o suporte à frente, cruzou os braços, debruçou a cabeça. Pensei que tivesse recebido uma bronca dos pais, uma notícia ruim como a morte do animal de estimação, uma nota ruim na escola, uma decepção com os amiguinhos, coisa assim. Ela, como quem consolava, acarinhava os cabelos, em pausas, se aproximava e falava algo no ouvidinho dele. Uma gracinha... Até então, achava graça daquele afeto cut, parecia um ensaio do que seriam mais à frente sabe?! Só que ainda eram a parte pura do amor... Mas aí, ele resolveu levantar, ele seguiu e falou em um som beeem audível, bem mesmo: fique assim não, ela não t

Não invente desculpa para falta de caráter

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 Não tem graça o apego que despacha caráter para quem não tem. Muitas vezes a nossa vontade de que quem a gente gosta tenha esse complemento singular na bagagem, nos engana com rigor, seriedade e promove privações de felicidade plena... "Caráter não muda como a opinião, como o desejo, não segue a fome, não se diminui com a carência", amém ao Fabricio Carpinejar. Porque quando os sonhos já estão formados vem dizer que precisa de um tempo, de um espaço, não sabe se estar junto é a coisa certa a fazer ou que não gosta do parceiro do jeito que deveria?! Porque depois de colocar a menina em banho-maria por um tempo, envolvendo, tratando bem, se sentindo muito confortável com a situação, percebendo o sentimento que ela vem criando, vai e diz que nunca enganou ou prometeu nada?! Porque vai dizer que o cara deu mais atenção, se sentiu mais confortável para conversar qualquer assunto como já há tempos não estava acontecendo na relação que tinha e acabou cedendo aos encantos?

Cicatrizes.

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- Tiaa, tá dodói? Sempre detestei cicatrizes, fazia o máximo pra fugir delas como o cão da cruz, como crianças medrosas, como uma displicente precavida. Trocava-as facilmente por manchinhas roxas nem sempre explicáveis, mas certamente mais bonitnhas. Sempre encarei como experiências desnecessárias, que só serviam pra aumentar o nível de feiúra na pele, no corpo, na vida. Ganhei uma esteticamente grande e terrível. Dizem por aí que temporária, tempo esse que pra mim arrasta. Arrasta e fixa em mim o cheiro da abençoada babosa, do fedorento hipoglos, a cor da rifocina, o efeito do soro fisiológico e das malditas gases. Uma porcentagem deliciosa de mimo e cuidado destinados de muitos querido, vai... Mas o fato é que hoje cicatriz tem mais sentido! Já penso que a desvalorização das cicatrizes se encaixa na infância. Quando crianças, Deus protege a mais e e a memória apaga fácil...rs. Mas hoje, quando olho minha cicatriz, mesmo que circunstâncias externas tenham preparado ela para mi

Drogados, dorgaado, tanto faz!

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 Li uma entrevista no IBahia , com o Tico Santa Cruz , líder do Detonautas, a respeito da falta de respeito à morte do amigo Chorão e achei excelente! A família e amigos foram surpreendidos com imagens explícitas do cantor encontrado morto em seu apartamento revirado, com um pó branco ainda não revelado pela polícia. Mas nisso tudo, o que interessa um ser humano morto, não é verdade? Para quê polícia quando dentre os civis temos os mais competentes juízes prontos a dar sentenças gratuitas? Afora a morbidez, falta de compaixão, exposição desnecessária feita de dentro da imprensa e dos novos potenciais informantes com artifícios tecnológicos suficientes, a morte de Chorão fez surgir piadinha sobre novos fãs e ressurgir as cansadas, velhas, sensacionalistas críticas ao rock'n'roll regado a sexo e drogas. E o respeito gente, aquilo que independe de afinidades ou não?! Somos da mesma espécie humana e racional, ou nem? Para mim, pouco importa e nunca é tarde para se identificar

Dia das mulheres para a mulher.

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É acordar lembrando a data e preparar um almoço (ou comprar) todo especial para degustar sozinha no intervalo dos afazeres. É sentir o desejo de se arrumar, maquear, pentear, 'enperiquitar' afirmando indiferença ao número de considerações, quando na verdade anseia por surpresas em quantidade, convites e principalmente, de quem vem... É não achar um pingo de graça naqueles que dizem que existe uma data dedicada a elas porque todas as outras são dos homens, aqueles que designam o fogão como seu lugar, ao tempo que em um chocolate simbólico ou uma flor arrancada do jardim não terá tamanho valor em nenhum outro dia do ano. É relembrar os preconceito, discriminações, dificuldades, privações, dramas fisiológicos e na verdade, só precisar de mais uma demonstração de atenção, carinho, respeito para não conseguir se imaginar nascendo de outra forma. Ahh, ser mulher e ter um dia internacional para ficar boba e exibir uma alma indestrutível, um coração feito para o amor! **

Entrevista com Chorão

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"Resolvi pensar em nós, yêêêh! Vou te levar daqui"(8) Invado a cena de hoje numa espécie de plantão por alguém com mente livre e revolucionária que não gostava de dias estragados, vida solitária, gente sem conteúdo. Alguém que sabia que a parede da casa de Deus é azul e tinha um escritório na praia. Alguém cheio de vícios e virtudes que sabia que não era senhor do tempo! Ééé, farei uma entrevista com uma figuraça que não terei mais a oportunidade de encontrar pessoalmente nesse mundo. Pois é fugitivos, hoje baterei um papo reto com Alexandre Magno Abrão, o Chorão, não por ser uma fã inveterada do Charlie Brown Jr., mas pelo respeito a quem trouxe tantas vibrações positivas às minha trilhas sonoras... *Aplausos* Laís - Chorão, é imensurável o prazer de acompanhar teu trabalho. Como disse enquanto te acompanhava pelos bastidores, não é de hoje que me identifico com você! Apesar do acontecimento, fico feliz por trazê-lo hoje aqui... Chorão -   "Eu só queria te lem

Capitalismo entranhado

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As mulheres já não podem se encantar com as aparências porque mais que nunca o ser hetero engana: "Avistei ele, lindo de doer. PRE-SEN-ÇA! Estacionou lá um Renault-1.6-prata. Depois fiquei sabendo que tinha 26 anos, doutorado, trabalhava em não sei quantas instituições de ensino...e falou que tinha um bafão pra contar: triste descoberta de uma concorrência sem páreo!" É, é triste compartilhar essas frustrações tão decorrentes nas vidas femininas pós-modernas. Mais triste é a concepção masculina do relato: "Como pode? Antes mesmo de saber do homem, saber todas as características do carro?! Ele é lindo porque tem carro...e eu que ando a pé estou fazendo o que aqui?!" Tive que rir porque o detalhamento que minha amiga fez ao carro foi realmente criterioso, mas a observação dele se estagna no fato de que do carro poderia sair uma mulher, então a atenção pertenceu realmente ao gatinho, não é?! #CARANAPOEIRA Papo vai, papo vem... ninguém sai e chega alguém. Algu

Presente de desaniversário.

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Hoje é aniversário de uma pessoa extremamente especial pra mim e quis relatar aqui porque, não sei se tão próximo, mas espero que todos possam lembrar de alguém assim. Não quero vir com aqueles desejos embrulhados para data, então... Aprendi juntinho com a Alice que num mundo de maravilhas (e certamente nesse mundo ela seria também muito bem requisitada!) há um presente de desaniversário - aquele que é dado fora de tempo. Taí, essa é minha proposta, um relato em tempo que homenageia o que ela é todos os dias. Não falo da mulher maravilha, apesar de que com a heroína ela é mulher e maravilhosa, com todos aqueles poderesinhos de ser mãe, amiga, esposa, filha, eterna aprendiz, rs... Não precisa ser aniversário pra ela levar a sério essa coisa de fazer da vida uma festa. Viver pra ser feliz. Viver pra trazer felicidade. Viver para cativar, para descobrir, para reunir, pra se surpreender... Se me perguntarem o que é responsabilidade, posso titubear na resposta e não citá-la, mas ce