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Mostrando postagens de janeiro, 2015

Para fins, meios e desvaneio

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Fins sempre parecem percursos velozes e inacabados. Dá pra saber quando começa - o frio na barriga dá ânsia e pressa -, mas o meio nunca avisa quando apertar o freio - fica o choque pra recheio. Restam faltas... Falta visitar a cidade de formatura e talvez até a natal. Falta fazer compras e dar presentes por lembrança não proposital. Falta dividir um sorvete e colocar enfeites numa noite fatal. Falta conhece a prima bebê ou aquela que ainda vai nascer. Falta ir numa festa, o show talvez seresta, pagode em boate, acústico em bar, nenhum vai notar. Falta fazer aquela viagem, de mãos dadas, juntar as margens. Falta a paixão dos dias, piadas, alegrias e... ser romântico, por todo Atlântico, se divertir à dois com bobagens. Falta dançar Zouk e perturbar domingo de manhã, talvez o dia inteiro. Faltam fotos no álbum que nunca vai ter um novo janeiro. Não falta calor mas falta no chuveiro. Faltam fatos pra apurar, amigos pra cuidar, livros pra buscar, detalhes pra retirar, respost

O que quero fazer caso envelheça...

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“Quando tiver velha, quem vai cuidar?” – essa é uma pergunta típica para quem não pretende ter filhos. Mas convenhamos, que questãozinha subjetiva até mesmo pra quem quer, viu?! Quantos idosos têm filho que, pela correria da rotina - inclusive na obtenção de recursos para ajudar no sustento dos pais -, não tem tempo disponível para dedicar-se ao cuidado necessários, recorrendo a terceiros?! E quantos pais na melhor idade se recusam a ‘dar trabalho’ na casa dos filhos ou aceitar uma ‘babá’ em casa a menos que estejam de cama?! E quantos filhos morrem antes de seus pais numa ordem inversa do ciclo de vida?! “Eu pretendo fazer minha previdência” às vezes é uma resposta que choca, mas... vejo meu avô triste, sem ter a mesma autonomia que tinha para sair, espairecer. Acredito que ele ficaria mais feliz num lugar onde pudesse compartilhar experiências com pessoas da mesma faixa etária. Seria uma boa distração, caso a ideologia da sociedade em que cresceu não fizesse de asilos um