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Mostrando postagens de julho, 2012

Não queria

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Não queria deixar você ir, seguir em frente... Você cavou um abismo, me deixou de fora, ficou ausente. Não queria te perder ao alcance das minhas mãos, Você não me alcançou com poucos centímetros de aproximação. Não queria cismar com qualquer dúvida que te circula, Você não me dá segurança para que eu tenha compostura. Não queria saber ser menos tua... Você me fez querer até moldura. Não queria o silêncio ocupando nossos espaços vagos. Você voou pra longe enquanto acompanhava com passos. Não queria que o toque parecesse tão repulsivo. Você faz um acelerar por dentro parecer compulsivo. Não queria tuas dificuldades atrapalhando a emoção. Você não demonstra nem um terço daquele tesão... Não queria a estranheza, a mudança, o não saber o que fazer. Você sabe, tenho "eu te amo"'s guardados pra dizer.

Exemplo

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A gente espera que nossos "exemplos" nunca errem e esquece que o maior exemplo que eles podem nos dar é reconhecer um erro. (Laís Sousa)

Amor, doce amor...

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Sentada num cantinho do quarto com um pacote de bolacha de chocolate eu tento entender meu coração. Talvez a ânsia me faça comer as bolachas pra me mostrar que, como elas, devo ter deixado espalhado pelo caminho fragmentos que, realmente não sei onde, nem se vale a pena juntá-los. Eu queria contar as migalhas de cada noite, queria segurar o que vejo escorrer pelos dedos. Pedacinhos de carinho que eu poderia ter agarrado e feito um doce, doce amor que eu questiono se a gente faz... Muitos "nãos" derrubados e que poderiam ter sido "sins". Seria melhor aceitar primeiro e amar depois? Sei lá! Acho mais bonitinho meu biscoitinho completo, com uma carinha traquina e perfeita, mesmo que apenas imaginando enquanto ele está empacotado lá nas prateleiras, longe do meu alcance... O amor chega pelo mesmo caminho onde passa a paciência. O que seduz os olhos só conseguimos acompanhar pelo retrovisor, passa lá na contramão. Vale a pena seguir um olhar disperso? Aí eu repen

A beleza e o valor de um amigo...

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Eu sempre discuti com as pessoas a diferença de ser belo, bonito esteticamente para o qual o termo lindo foi designado, e ser gente boa, carismático, ter boa índole, ser humano, essas coisas que transmitem coisas boas. Conheço pessoas que, a partir do momento que percebe beleza interior admirável, designa este ser como "bonitinho". Eu insisto que para mim essas pessoas têm o interior "de ouro", mas ser belo é outra coisa. E ainda digo mais: "bonitinho" para mim é o feio arrumadinho e tal... Mas a partir disso, o quero dizer hoje é que todos os meus amigos são lindos. De verdade! Não há nenhum que eu não enxergue beleza. São os mais bonitos do planeta. Já ví as meninas sem maquiagem, acordando, arrumando os cabelos, com TPM, de luto... nenhuma me fez correr ou me assustar e dizer "não casaria com você". Já ví os meninos com shortinho de videogame, com os cabelos embaralhados, conversando bestagem, acima ou abaixo do peso "ideal".

Obscenidade do amor

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Antes eu costumava pedir aos queridos que não dessem margem ao meu ciúme, hoje eu nem cogito falar para não abrir brecha a mim mesma de cometer este delito. Parecem bobagenzinha, mas se permitirmos, uma hora estaremos com ciúme até de sombras. Evito mesmo! Até ler algumas atualizações que o Face esfrega na nossa cara parecendo provocação do destino... Porque estou falando isso? Cuidado e demonstração de afeto, saudade e afins é uma coisa... Ciúme é uma doença, a parte obscena  do amor, sabe?! Aquilo que não sai da cabeça e manipula todos os teus atos?! É tipo, o lado pornô da lealdade ou a paixão às avessas. É antes de qualquer coisa, a forma mais eficiente de nos deixar instáveis, inseguros e vulneráveis. Pra quem pensa que é uma forma de proteger o amor, o relacionamento, alguém... se engana, porque o sufoco pode acabar com tudo: - Gostaria de voltar no tempo e retomar tudo do dia em que ela pôs um fim. Ela pôs um fim no mesmo lugar em que demos o primeiro beijo. Enfrentamos

Mudando o foco dos holofotes!

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"Há homens que têm patroa. Há homens que têm mulher. E há mulheres que escolhem o que querem ser." (Martha Medeiros) A distância relativa que estou de você agora me permite parabenizá-los pelo Dia do Homem - ponham na conta do Leoni que disse que garotos serão sempre garotos perto de uma mulher . Um dos temas preferidos dos homem é: mulheres. Tentei agradar, mas não estou afim de falar de mulher ou culpar o adversário no futebol, como vocês tanto gostam... Hoje serei "rilex" em pegar o gancho da Martha só para mudar o foco dos holofotes: Há homens de vários gêneros. Impaciente, mansos, indomáveis, trabalhadores, frescos, insensíveis, profissionais,  gostosos, malandros, inteligentes ou bonitos, bonitos e inteligente, nem bonito, nem inteligente, mas agradável  ou nem,  sensacionais. Aqueles que são vistos como homens e aqueles que serão eternos grandes irmãos - vulgos BB. Homens originais até na origem e surpreendentes na idade, homens ricos, homens

A coragem do "se fosse você"

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“Quem é aquela dama, que dá a mão ao cavalheiro agora? Ah, ela ensina as luzes a brilhar! Parece pender da face da noite como um brinco precioso da orelha de um etíope! Ela é bela demais pra ser amada e pura demais pra esse mundo! Como uma pomba branca entre corvos, ela surge em meio às amigas. Ao final da dança, tentarei tocar sua mão, pra assim purificar a minha. Meu coração amou até agora? Não, juram meus olhos. Até esta noite eu não conhecia a verdadeira beleza.”(Shakespeare) Pelo boom do momento, não sou fã exclusiva e talvez nem seja a mais assídua de Cheias de Charme, mas sempre que posso não perco o elenco impecável das 19h. Delicio-me com as confusões da ídala Chayenne (diva Cláudia Abreu), o sedutor Fabian que também encena o homem pra casar, Inácio (talentosíssimo Ricardo Tozzi), ambos apaixonados pela líder das Empreguetes, Rosário (Leandra Leal). Tenho apreço pelo nível de veracidade que envolve o enredo da batalhadora Penha (excelentíssima Taís Araujo) e não poderi

Vazio de pessoas vazias

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No outro, procuramos um lugar vazio. Um vazio suficiente para abrigar todas as nossas fantasias. Pegamos-nos querendo pessoas vazias de caprichos bobos, de ordens arrogantes, de certezas teimosas, de passados mal resolvidos, de amizades coloridas, prioridades mais importantes. Trocamos fácil um conselho sábio por um ouvido silente, um físico rígido por um colo seguro... Não é à toa! Preferimos amar pessoas vazias como uma folha em branco ou o vácuo onde podemos deixar fluir soltas as fantasias que já não cabem em nós. Talvez seja hora de descobrir que pessoas vazias não existem e vamos seguir nos esvaziando de pessoas.

#múrry.

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Cada novo ciclo propõe uma morte. A gente faz coleção de mortes! "Última vez", "nunca mais", "não deu"... em todo fim cá estamos nós como zumbis pensando no início, como começou, um começo, recomeço. É com uma pedra de gelo que costumamos tampar em túmulo aquele sonho que acabou, não se realizou ou desistimos mesmo, ahh! A morte tem muitas faces. Transpõe-me para aulas de geometria onde combinações de pequenas fatalidades formavam a figura. E no presente são incontáveis as vezes em que a gente morre para se desligar, desprender, crescer, desapegar. E quando a gente conhece alguém e morre pela primeira vez!? Paralisa tudo por dentro. Por vezes a gente encobre com mais que sete palmos de terra a realidade e desperdiça as sete vidas de gatinho com mortes sem importância. A gente morre tanto que até esquece as causas. O melhor das lágrimas que derramamos é que não deixam marcas. Imagine se o tanto de velório que presenciamos dentro de nós, nos quais

Pedra em plural

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E a pedra que encontrar no caminho, a gente chuta. Vai doer, eu sei que vai, mas revezaremos o colo, enxugaremos as lágrimas. Me falaram que de pedra em pedra a gente constrói pontes, destrói muralhas e brota, a gente cresce! Machucado a gente cuida, trata direitinho, abafa com lacinho - nós, nos equilibramos novamente. Pode inflamar, mas encontramos aí a cura que ameniza outras dores: depois do ardor chegar ao auge do fogo. Vai passar pra que a gente perceba que estar junto é um caminho de alívio, sem precisar de muita ciência ou receita. Pedra não se atira, a gente tira! (Laís Sousa)