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Mostrando postagens de julho, 2011

ELA

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 Beirou a descrença em um novo envolvimento. Recusava qualquer conversa feminina que trouxesse relação como pauta - quase se isola. Entre dores, fins e frustrações a solidão parecia mais sensata. Era loucura se aventurar pra se machucar, mas, err... então... vida de solteira é liberdade né?!... demais... solidão...e o carinho... o ouvido...? não fazia mais tanto sentido! Queria a solução que só soava como amor verdadeiro. Sabia que amor poderia não ser eterno, mas poderia acordá-la com olhar fixos e um beijinho na testa. Ahhh, e o seu dia... ele seria totalmente radiante!  Ela quer poder cuidar e amar, sem receio, sem temer ser enganada, pegajosa... Nossa, enlouquece só de imaginar finais de semana juntinho, passeios de mãos dadas, filmes no cinema. Anseia momentos de planos... será que ele é detalhista? Vai querer ajudar em detalhes de casa? de um casamento? escolha do filme? local das viagens? Ahhh... vão assistir algum jogo no campo ou vão jogar com amigos na praia? Qual será

Perdendo...

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Fotografias, cartas, caixa preta, nada disso trás de volta, pra perto. Nada pior que a impotência de alcançar, acompanhar... a distância de quilômetros, fases ou dimensões. Certamente não sou a primeira a pensar dessa forma, lembro-me de uma passagem em que Ken F. também duvidava do significado de saudade que andam espalhando por aí... não que seja o pior, mas o mandar flores no aniversário, o scrapizinho dizendo "sumiu", o consertar burrices feitas,  não demonstram tanta saudade quanto aquele momento em que involuntariamente alguém toma teus pensamentos, em detalhes expectantes como o ranger de um abrir de porta. Reconstruindo meu passado quanta saudade consegui acumular... mais que nostalgia! Revivi dores como um momento inesperado que só foi capaz de me arracar da boca um "perde-se alguém com tanta vida pela frente...". Ainda menos brusco e que recebia de mim apego similar foram animaisinhos, casas, colegas, amigos de longas datas... sem que deixassem de s

ELE

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Agora anda gostando tanto de si que acha-se a melhor companhia, a ponto de competir com velhos amigos, mesmo aos sábados. Basta não estar afim! Tem novos desejos, fixação talvez, pouco compatível entre eles. É, continua disposto a aproveitar as coisas boas da vida, mas está cansado. Não quer badalação e casos efêmeros, sem sentimentos. Se pegou querendo um amor verdadeiro… não exigiu um "eterno" como tempo, apenas douçura pelas manhãs e abraços ao admirar o luar. Quer poder mostrar seus talentos culinários e tagarelar conhecimentos gerais, todas aquelas coisas simplesinhas que tem vontade de compartilhar... Desejou alguém que consiga reconhecer pelo cheiro dos cabelos, pelo toque dos dedinhos, pela transformação de um domingo sem graça num dia especial, sonorizado por longas gargalhadas e implicâncias. Alguém para quem voltar depois de qualquer saída. Como é bom não ter que "caçar" companhias vazias e encontros casuais! Ahhh... seria mais que paixão. Teri

Muito meu,

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Depois, um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele.  Guardei a minha no bolso. E fui. (Caio Abreu) Enquanto isso no dia do amiigo ... Cada um, um jeitinho. Em cada canto um carinho, lembranças e um mar de significado. Cada pergunta, um certeza: não preciso de respostas, apenas agradeço. É e agradeço a Deus por cada amiguinho que se tornou amigão. Cada colega que penetrou em minha casa. Por cada casa que eu entrei sem graça e ganhei tios... e mesmo na casa dos tios. Por cada aprensão que um olhar alivia com um sorriso. Cada amigo de amigo que virou amigo. Cada "irmão" que é mais que isso. Entre palavras, scraps e passeios, fotos, gargalhadas e desvaneios. São relações forte que compartilham ideias ou apenas se respeitam e se aceitam... para ser feliz de algum jeito. Alguns mandam testar os amigos: se der uma festa a gente vê quantidade, se na doença, qualidade. E tem como se doar em proporção? Amigos não carecem de teste, eles aparecem quando p

Fase e disfarce

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Recentemente lí um texto sobre etapas de maturação e viajei... me acompanhem: http://www.namaskaryoga.com.br/blog/files/ff42d8fb61dfc3b03e47a88d27d9d4c4-147.php Em tese ainda vivo a fase em que a palavra de uma pessoa vale muito. Continuarei assim até os 25, centrando tudo no SER: as pessoas tem honestidade e ética, pais e professores são autoridades, as coisas são o que realmente são: ser rico é ter dinheiro e ser pobre é não ter. As crianças educadas são as que se manifestam na hora certa e os horários para refeições são concretos quando em volta de uma mesa familiar. Namoro teve idade pra começar, e no íntimo, transar só na hora certa e com a pessoa certa! É, talvez as coisas sejam mais fáceis e ainda haja ingenuidade em achar no mundo tranquilidade suficiente para que alguns desejem criar filhos... Depois virá o período centrado pelo TER. Historicamente já passam de 25 anos o aniversário do consumismo em rede nacional, a TV instigando de tal forma que as pessoas correm di

Chegada

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But I never told you What I should have said No, I never told you I just held it in (Colbie Caillat)  Cheguei! Retorno de um caminho no qual cheguei a acreditar que não fosse achar a saída. Uma encruzilhada sem placa de orientação e um engarrafamento de sensações. Necessitava voltar, precisava loucamente acabar a viagem que comecei por conta de um atalho mal analisado. Reprojetei a via principal, a congestionada por tanta tensão, por velocidade acelerada de saudade, de um simples tocar de corpos em um dia inesperado. Aconchego, fogo, nossos olhos pequenos e suas mãos grandes. Apertos desesperados no peito. Me senti uma bomba prestes a explodir com um frase que esperava da sua boca. Sorte?! Você falou pouco! Controlava tantas coisas que até minhas palavras se dispersaram na contra-mão, não voltaram a tempo de embarque, houve o tombo da porta do carro e arranquei. Tensa a sensação de não saber exatamente onde eu ia conseguir fazer o retorno e seguir em frente. Tensa a ciên

Motivo especial...

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Analisando superficialmente existem duas classes de homens, aqueles que pensam no futuro como um período bem, bem distante, quase lúdico e aqueles que nasceram com características de casar, precisa apenas se encontrar seguro num relacionamento. A primeira classe não tem classe, cansa, machuca, fere, brinca, tem instinto no lugar de princípios, são mesmo rídiculos e infelizmente encontra-se em atacado, atacando da mesma forma. Alerta: não se entra numa relação com previsão de fim! Se não der certo, é uma pena, mas o propósito era que desse. Se não há ao menos imaginação de um prazo para duração dessa relação, não há porque investir emoções e tempo... A segunda classe que é de primeira, é um varejo raro de encontrar, ou porque já se encontrou, ou porque acha isso, ou porque não sabe procurar. Nessa classe estão os bons pais, amigos, irmãos, primos, filhos, netos, namorados... E não é de se surpreender que eu e a torcida do flamengo, ahhh... todas as torcidas do mundo... se

Chata!

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Sabe aqueles dias que você se acha insuportável? Naquele que sua voz risca teus tímpanos e você prefere ir comer alguma coisa na delicatesse sozinha pra polpar qualquer companhia?! E são nesses dias que o azar são atraídos com mais dimensão. Estava na mesa tomando meu açaí, achando ruim e mesmo assim prevenindo os outros de comentários - devia ser chatice minha... - Aí, na mesa de trás senta um casal, que a princípio nem olhei para vizualiza-los. Apesar da proximidade eu estava tão longe que mal ouvia a conversa, até que o burburinho da voz dela foi tão repetitivamente tagarelante que tornava impossível não ouvir... A mulher parecia revoltada com tudo e todos. Falou do carro de som que passava pela rua e ainda seu volume. Falou que ia procurar o dono daquele estabelecimento para reclamar do mal atendimento e que aquele dia as funcionárias estavam se superando em demora. Falou que achava um absurdo faltar "um trem lá" que ela gostava naquele lugar (exagero e tudo). Falou

Vai e Vem

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Quando eu era espera nada era,  nem chovia, nem fazia... Só sentir que a calma, não acalma quando só há solidão. (Núria Mallena) Texto pronto! - pensou ela - e sim, dizer "não" era o melhor a fazer. Sua imaginação havia ajudado a preparar argumentos para supostas defesas que ele ousasse falar. Fecha os olhos e ensaia a tática! Concentração, fala "desimbestada" e pouca respiração para não correr o risco de esquecer ou mudar de ideia. Aquela situação não podia ser prolongada nem mais um dia, já tinha sido por tempo demais... Sua respiração lhe dá a certeza de que o ar foi embora sem pedir licença. Parece que a dor que prevê sentir após a conversa vem antecipada apertando o peito. A espera faz dar voltas em circulos... Deve chamar de ansiedade o desespero com que olhava debruçada no peitoral da janela, meio querendo que ele chegasse logo, meio tentando teletransportar a mensagem pra que ele nem sequer viesse. Num misto físico e emocional de boca seca

Rotina de boneca...

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É cançaso, é a parte feia da rotina. É, talvez o dia compriiiido tenha sido também produtivo. E os resultados? Ahh, eles devem aos pouquinhos aparecer, espero. Meu corpo pede descanso, minhas unhas esmalte, a pele creme, o cabelo cuidado. Eu, eu só peço as mãos que massageiem, acariciem e aconcheguem. Ainda assim consigo achar intransigência em mim. Não quero qualquer pessoa, qualquer jeito, qualquer forma. Vou dormir nestante, estou amolecendo, talvez sonhe com o dia em que a conchinha com o amor da minha vida seja palpável. Acho que dificilmente sonho porque insisto em roubar pelo menos alguns minutos dos meus dias pra fazer o que as mocinhas globais fazem durante todo dia, suspirar. Me sinto boba e continuo implorando pra que o sapinho alcance logo minha folhinha que boia sem rumo no rio, na vida. Acho que ele pode também estar sentindo falta de alguém que lhe ajude compor a sinfonia, talvez...Ouço meus suspiros e desejo aquele amor com tamanha proporção que não caiba em mim e da

Histórias que poderiam dar certo.

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Não precisava ser intenso no início, era preciso que começasse, mesmo que fingindo. Ela acreditava que depois, um pouquinho após, o fingimento passaria a ser verdade. Seria profundo chegar ao fundo! Ele prefere não dizer nada. Prefere meias palavras e milhares de coisas não ditas. Ela quer atitudes, ele quer ela. Todos os dias se perguntam o que fazer. Vivem o desejo até que a vontade de estar com o outro seja maior que os Outros. Torna-se quase impossivel. Ele continua vivendo sua vida idealizada e ela continua idealizando sua vida. É fácil porque o tempo que passa rápido demais deu tempo para que eles nunca mais se vissem, se tocassem e fossem os mesmos. Só imaginam... abraços, noites em que as dores serão sanadas pela visão do sorriso do outro. Ninguém vive do passado e os olhares ao passado lhe fariam desistir de seguir em frente. Seguiam, sorrindo, cada um sabendo a falta que o outro fazia. E a vida é breve, e o amor ainda mais!