Acabou...
É triste saber que vou ver você passar
e não sentir cada milímetro do meu corpo arder e enjoar.
É triste saber que um dia vou ouvir sua voz ou olhar seu rosto
e o resto do mundo não vai desaparecer.
O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim!
(Tati Bernardi)
e não sentir cada milímetro do meu corpo arder e enjoar.
É triste saber que um dia vou ouvir sua voz ou olhar seu rosto
e o resto do mundo não vai desaparecer.
O fim do amor é ainda mais triste do que o nosso fim!
(Tati Bernardi)
Por
mais que não seja o que eu queira é quase impossível não enxergar o que
está acontecendo entre nós, ou melhor, o que não está! Minha vontade
era te alcançar a cada vez que te visse e vibrar junto com o celular em
cada tentativa de comunicação. Minha maior vontade era aquele burburinho
no coração, que levava o corpo todo a teimar confiança plena e cega, sem
vestígios de ciúmes descabíveis ou más lembranças.
Desejava
ardentemente ser feliz na mesma proporção que te fazia, mas percebo que
nem consigo mais sorrir nem te fazer desejar algo mais. Não te culpo,
nem a mim... Entre nós nada dá jeito, não desse jeito, são nossos
jeitos. Não sem tempo, ou sem querer dar tempo, ou deixando o tempo
responder por nós.
É
triste, sentimento de impotência perceber que não posso mudar e talvez
esteja percebendo só. Esteja querendo reconstruir aquilo que são cinzas,
de costumes e desamor.
Não enjoei, perdi o desejo.
É
ruim descrer naqueles sonhos e planos, sentir gelado o que por vezes me
queimou. Ver que o tanto que lutei pra que ficássemos juntos duplicou
em reluta para não nos ver separados. É terrível ter indiferente o que
fazia diferença. É inexplicável não sentir em mim o que fazia parte de
mim.
É
como se tivesse chegado ao meu fim, mas com possibilidade de recomeço. O
recomeço que não queria, ou que pelo menos viesse em forma de
reavivamento do passado, nunca como novidades para um futuro.
As
boas lembranças não conseguem compor todo o álbum de recordações. Não
faltaram tentativas e no fundo quero esconder que me alegro por não
termos estreitado e aumentado os laços de forma que virasse nó. Não
somos mais nós!
Não
conseguiremos compor um fim para história sem que ela tenha um termino.
Mesmo que na direção tenhamos pensado em diversas possibilidades, como
atores não conseguimos dar veracidade à peça. É cansaço, é anestesia, é
dor, mas pouca mágoa... não tem doce, a água das lágrimas tem sal. E os
ventos que traziam brisas constroem maremotos sem calmarias.
Quero
ter saudades, embora eu já tenha. Disfarçar os fatos não irão
alterá-los! Sinto ter que guardar tudo que vivemos como um ensaio, sinto
ter que começar uma nova história aplicando o que eu aprendi para que
desta vez não sinta aperitivos de fim. Mas hoje, de forma dolorosa mas
necessária, é preciso um adeus para resgatar a aclamada liberdade!
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