"Acelera que tem muito pela frente",

(Ayrton Senna 1960 – † 1994 †)

Senna é inesquecível e embora tenhamos vivenciado somente 3 anos da minha vida simultaneamente, nos quais não tinha ao menos noção de perigo uma vez que era atraída por tomadas, bocas de fogão e ladeiras com velotrol, na minha mente a músiquinha de Fórmula 1 é totalmente vencilhada a ele junto com as raras lembranças do dia em que almoçando com meus pais em um restaurante as pessoas em volta pararam de analisar a criancinha que já conseguia dominar o guarfo e a faca para sofrer com a morte do nosso grande piloto. É, eu tenho um apreço especial por ele, considero um ser humano cheio de índole e princípios sabe?! O dia do trabalho (1º de maio) de 1994 ironicamente perdeu alguém que vivia o que fazia. Em vídeos assistidos anteriormente sempre percebi que o Senna sabia dos riscos que corria, da exposição à calculos falhos ou situações inesperadas, da possibilidade de deixar de viver em frações de segundos. Mas ele gostava muito do que fazia para simplesmente desistir. Entre abandonar tudo aquilo e seguir agarrado na calma e profissionalismo, era a segunda sua opção de vida, a segunda opção estava em sua essência...

E nada me faz refletir tanto quanto riscos. Talvez porque na vida, são incotáveis as vezes em que consideramos os contras, somos racionais demais, arriscamos pouco, somos automáticos. A gente esquece que viver é se doar, é se apaixonar, é se entregar pra uma história, uma missão, um sentimento, e ir... Sem titubear por vontades próprias, mas quando encontramos os empecilhos, aqueles que vão ser analisados quando olharmos para trás nos lembrando que valeu a pena ter enfrentado. Com um mês de atraso e sem nada pra comemorar, hoje assisti uma entrevista feita dez dias antes da morte do Senna, e ele falava sobre desejos, futuro, chegou a dizer que teria muitos anos pela frente, mas não tinha. O fato é que ele viveu! E quem aprisionado e castigado por sua estagnação é capaz de dizer que viveu?

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