Loguinho...



Listrado, xadrez ou nublado. Não sei! Minha mente em-palha, faz quadrilha em confusão. Minha mente segue o túnel escuro iluminado pelo coração. Coração esse que está preso, seguro e amendrontado ou ao menos acha que está. Ver você faz clarão, ilumina tudo sem muitos artifícios. Se não ver continuo na escuridão. Brilha mas não me ofusca, me resalta e manifesta, alerta! Nos torna. Cadê você que não retorna? Se é amor eu num sei... mas vou no ritmo, arrasto os pés, faço ciranda, mas involutariamente sigo tipicamente sem saber se tem alguém a me esperar.

Sabe no pé da serra quando a gente engata a primeira necessitando marcha de força? A gente avista o pico no alto, pouco distante e pisa acelerando, fazendo muído pra que não surjam obstáculos... Mas e quando eles aparecem? A primeira vista todo risco é ameaça e o medo cimenta nossos pés no chão.

O balão de euforia não deve ser liberto, quem não se amarra voa até se perder. Não via muita coisa além de risos, intenções, gula e fantasias. Não sentia muita coisa além de desejos, saudades e do clima frio que ironicamente pede calor, botas e abraços. Eu não estava só alí. Chovia! Não estava só em lugar nenhum. Solitária! Eu que tenho medo de fogo quero proximidade e sei que vou pular fogueira. Eu que insisto em meu sapato baixo, minha sapatilha 36, desequilibro e tropeço em algum 40 e poucos. Eu que desligada aqui na Bahia ouvia os gritos do Pará. Eu que brigo pra manter os pés no chão estou doidinha pra decolar. Eu ando sonhando acordada rogando ao São Loguinho que te faça lembrar de mim, te dê certeza e olhar pro céu amor, vir me encontrar...

Eu realmente não sei quão certo que misturas podem dar... alguém fez dar certo mastruz com leite, limão com mel, caviar com amendoim... porque não posso dá uma rodada na minha saia sem perder a pose ou mostrar a cor da minha calcinha para aceitar... acertar eu e você?

Sei que não somos mais coleguinhas, certamente ao te ver seguro um gritinho estilo o de Frank Aguiar, torno familiar o retorno ao aconchego que canta Elba Ramalho, mas ainda sei que pode acontecer tudo inclusive nada, maldita realidade que o Flávio José vem salientar. E aí vem você, sua fala mansa e um jeitinho de falar que facilmente nos tornaria manchete de jornais. Mesmo sem querer consigo empacar, como um jegue, mas sem cangaia, label ou ice pra pesar. E sem querer a gente volta pra estaca zero porque você também teme o que vai dar. A gente vai levando no "ai se eu te pego", só a vontade pra apertar. Nada de bonde ou cavaleiros, nenhum forró, nenhuma aldeia, nenhuma teia. Nossas vidas continuam leves como bandeirolas ao vento esperando a hora certa de tombar. Aguardo ainda o nosso arraiá, quero montar os detalhes da nossa tenda, sem contenda... nossa temporada vai ser estendida pelo resto junino de nossas vidas!

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