Houve amor.

Mas se mesmo assim quiser me deixar,
as lembranças vão na mala pra te atormentar!
(Luan Santana)




É imperceptível, tudo começa bonitinho e pequenininho até que as raízes façam acreditar que o crescimento do caule signifique solidificação. Algum tempo se passa, as pessoas se passam, passando a derrubar pétalas, arrancar folhas e palavrão! O policiamento acaba quando não se tem sinal alerta, a guarda é causada pelo medo, não prevenção!

No fundo há teimosia: não há como tudo aquilo ter terminado em vão. No fundo há ciência de que não há nada raso ao alcance de salvação. No fundo reconhecimento que houve tentativas para que simplesmente se menospreze qualquer lágrima que ousar cair.

Antes de pegar as coisas lembre-se de todos os pequenos detalhes construídos juntos e não deixe nada, não pelo espaço, mas para evitar lembranças. Antes de falar qualquer coisa, analise porque os últimos momentos serão os registros mais nítidos que ficarão guardados. Antes de qualquer acusação, respeite os poros onde ficará cada vestígio eternizado na falta do amor. Antes de o último olhar, lembre que a tristeza não faz parte de ninguém, em especial alguém que já te deu incansáveis motivos para sorrir, já te despertou desejo, amor, alegrias…

Decisão tomada, antes de fechar a porta e sair tenha certeza do que você não quer e vá! Mas quando passar da porta não olhe pra trás, nem ao menos para acenar. Você não precisa ver como é difícil aceitar um terreno vazio onde se construía amor, não precisa que olhos umedecidos te mostrem como dói ver uma partida pela porta e de uma vida!

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