Acreditar em finais felizes...

 Tenho escutado tanto a respeito de perdas, términos e afins, que estou andando até receiosa, por medo de perder o que não tenho de fato. São fins prolongados e arrastados por dias, por anos, são fins cheios de arrependimento, frustrações, decepções, são fins sem querer, sem por que, sem merecer, são fins tão sofridos que não sei o quão útil - ou seria ingenuamente cômodo?! - pensar que se houve uma interrupção por qualquer circunstância no presente, é porque o futuro guarda um final realmente feliz e melhor e mais completo... É aquela idéia de que Deus não vai me tirar uma coisa sem ter outra melhor pra me dar.

E a gente teima insistentemente - pra ficar redundante mesmo - em acreditar no final feliz, no final satisfatório... no final que na realidade, não é um fim e sim a continuidade estável de uma fase boa, para que se torne perene. É bom e tão lúdico pensar assim. Nessas horas ninguém lembra que Deus não prometeu um mundo perfeito e tal. Porque como tudo na vida, podemos ser abençoados em conseguir, ou fazer parte da maioria que se frustra no meio do caminho.

O  fator determinante aqui não é somente lembrar que Deus não une destinos, e sim propósitos. É lembrar que a boa parte que depende de mim para dar certo não é completa. Por mais esforço, doação e até humildade que eu misture na massa, vou sempre depender da outra metade, que pode não estar a fim de perpetuar minha fala "espere e verá" para todos que dizem que não vou conseguir ou encontrar ou viver, e pior, morrer esperando.