Alucinações

 
Cansaço, indisposição, irritação, inquietação. Estado aéreo. Enjôo, dor nas costas, manchas roxas, queda de cabelo, vontade de desaparecer. Ansia! E em meio a toda essa bagunça em minha temperatura, eis que surge você. Um delírio! Nunca imaginei que seria assim. Porque era você, sabe? Mas tinha lá uns empecilhos criados e umas tais moças que já nem lembro nomes, e que... nem sei bem o que você queria. Tive dúvida, tive raiva, tive... e passou. Longe do que eu esperava...e sentia.

Mas eu queria brincar com você... sem saber jogar... alternando as regras... sem consciência... quis te convidar a permanecer. Tinha graça, sabe? Era como magia. Mais forte do que eu, transcendia. Força cósmica, atraia. Qualquer coisa do tipo, mas não ia...

Deveria ter falado aquele dia que o vácuo ocupou o tempo de um jeito esquisito, e... Retribuí o beijo. Só. Talvez tenha sido melhor para escrever centenas de palavras que declaram amor em vez de dizer pertinho, pra você, esperando a retribuição direita, direta.

É uma confusão. De histórias, sentimentos, necessidades, caminhos, e... talvez sejam só alucinações. Alucinações que apertam o peito e aquecem de febre. Mesmo quando pareço estar sadia. Mas, em meio a toda essa bagunça em minha temperatura, foi você quem surgiu. O mesmo olhar... o mesmo abraço... o mesmo sorriso... o mesmo silêncio gritante.

Talvez você seja meu mal-estar. E para meu bem, precise te colocar para fora do corpo. Digo com batom borrado, antes que se borre o rímel! Eu não gosto da versão pré-dependente de mim, mesmo num surto viciante. Por tudo isso ou nada daquilo, melhor que não seja você. Por mim! Digo pra mim...

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