Gosto mais que chocolate!



Nossos encontros não foram marcados, mas comecei a te esperar eternamente ao meu lado seja daqui a 2 ou toda sorte de tempo que houver. Te quero ao lado como naquela noite, colchão na sala, luz apagada e a irradiação da TV que exibia alguma coisa que nossas mentes dispersas não nos permitia compreender. A gente já não era da mesma forma... Você continuava fofo, contrariando maioria dos meus itens de seleção, mas com conversas que me interessavam e aquela insistenciazinha sincera que me fazia suspeitar o motivo, cheia de vontade de ceder. Eu não te queria como antes, te queria como nunca. Queria-te sem pensar na confusão de agora que veio depois. Queria-te de mãos entrelaçadas, abraços rígidos e gostos trocados. Outro não teria chance ali, seria impessoal, descabido. Você, sujeitinho complexo que inverte oração e torna o período longo...

E nascia em mim o ciúme. Não daquele de matar alguém, porque esse eu mato em mim. Era aquele gostinho chato de posse, de ter que te dividir e correr o risco de ter que abrir mão. Ciúme de tudo que pode te ter por perto ou por dentro. Era como ter achado meu chocolate preferido, mas por algum azar, ele estava derretido e escorrendo por entre meus dedos. Desde pequenininha eu cuido de chocolate com carinho imenso, pois nunca gostei de vê-lo quebrando, amassando em qualquer lugar, encima de qualquer coisa. Realmente me irritava vê-lo estragado ou ter que dividi-lo de alguma forma...

A vida de adulto me fez entender que algumas coisas não se aperfeiçoam somente por passarem em nossas mãos, mas só por termos tido contato já fez tudo ter valido a pena. Neguei, concentrei, policiei, resolvi voltar para a venda e conferir as opções, aliviar a alma, mas o coração estacionou em você e nada alí conseguia me convencer. Talvez, se voltasse para aquele bate-papo, adiantaria o processo. Derreteria-me em beijos carinhosos que, baseado no calor, nos dissolveria rápido em uma única solução cremosa e gostosa, que certamente traria sensações prazerosas, instigantes, desejada por muitos e viciante para a gente. 

Não acredito que a eterna incógnita do casal separado tome lugar de vingar o amor. Acredito na ternura, no desejo, no carinho, na superação dos empecilhos, nas despedidas em aberto com mãos que não queriam se largar e nos reencontro silentes que esquartejava um tanto de saudade. Acredito em cada coincidência doce e nos recheio de afinidades que sempre nos fizeram mais amigos.

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