Mais um, RetrÔ.



Se é cedo ou tarde demais não importa, estou fazendo retrô 2012 a meu tempo. Não importa se as rotinas não mudam nada, a minha, de forma mais significativa que simbólica, muda sim - já não desfilo com a mesma idade, e mesmo que o tempo que soma anos não transforme erros em acertos ou mentiras em verdades, o novo ano que cochilava, acorda pra novidades em mim. Não posso dar direito para que isso venha a ser mesmice, insisto em viver meu mundo à parte, por vezes alheio e outras tantas intimistas demais.

Lá nos primeiros minutinhos de 2012 tive alto-astral, risos, muita idiotice - sintomas que trouxe em tantos momentos durante todo o ano. Foi um ciclo rico, de lugares, de pessoas novas (inclusive na família) e as de sempre, de reflexões, mas também de perdas memoráveis, incertezas e exaustão. Foi um ano IN(TENSO) e embora o mundo não tenha chegado a terminar, muitas vezes, quis acabar o mundo - tive vergonha do meu país, do meu estado e até da minha cidade, recordo a greve de polícia, eleições e o cume de 4 meses de greve da Universidade - em contrapartida, meu coração continua brasileiro, baiano, e foi no clima de Jaguaquara que consegui passar a temporada de stand-by, ciente de que pode ter sido meu último período prolongado na minha casa, casa dos meus pais.

 Pude me conhecer um pouco mais, ainda atrapalhada, sem jeito, com arrependimentos pelo que não fiz, não disse, não revelei, mas digna de mim. Validei!

Em 2012 percebi a força do amor, que independente de declínio se permite inúmeras chances e, no fim, não tem fim, entra em coma, diminui as forças, mas ainda brilha, vive escondido dentro de uma caixinha vermelha com laços vinho, misturado com mensagens, lembranças e fotos em cor. Hoje, por reconhecer-me incompleta, sei esperar ainda mais, ainda melhor...

Acima de tudo, foi um ano de conquistas. Conquistei livros, conquistei recordações, conquistei experiências, conquistei sonhos. Comecei a sentir o gostinho de ser gente grande, com rotina de trabalho, horários a serem seguidos e deveres a serem cumpridos. Um gosto ímpar que só sentiu quem teve pelo menos por um dia a certeza de ter feito a escolha certa. Escolhi!

No ano que passou cantei, dancei, soube forçar e aproveitar a solidão. Senti que pecinhas que estavam soltas poderiam encontrar o caminho dentro de mim. Me encaixei!

Ganhei também vida de presente e presentes para toda vida. Já não posso dizer que nunca caí de moto - tive um machucado enlouquecedoramente dolorido. É bom parar agora e saber o quanto é valorosa minha família do jeitinho que ela é, que tenho bons amigos com os quais eu posso sempre contar. Saber que 2012 foi necessário para que eu pudesse perceber com mais intensidade algumas pessoas, hoje, mais que cativas. De nada adiantaria ser feliz sem aqueles que me fazem bem, que eu quero bem e sempre que possível, por perto.

O ciclo se fechou. Grande parte do que foi continua, para quem sabe, preencher este novo ano. Algumas coisas se perderam no sol do meio de dezembro, faltando alguns minutos do segundo tempo, e que talvez já não voltem mais. Mas tudo fica bem, espero, confio e acredito!

E meu 2013 começa. Com planos, organizações, visual novo e previsível ao mesmo tempo. Quero aproveitar com apego e apreço cada uma das 365 oportunidades que Deus me dará. Assim seja. Vem com disposição e espero que perene, com desejos, medos antigos e lugar para novas apreensões, mas nunca suficientes pra me fazer desistir de seguir em frente. Eu quero fazer diferente, quero ser mais, quero ser melhor. Finalizarei grandes etapas, se Deus permitir. Estou indo... Que o Sol brilhe sempre sobre e para todos nós, amém!


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