Enquanto isso na medicina...

Que meus amigos e leitores que compõem a área de medicina me entendam, mas acho que o mercado que os cubanos vieram ocupar já estava perdido, pior, recusado...

Protesto médico no MT
 Cá entre nós, sabemos de quantos e tantos que estão na profissão por status - lê-se bolsos inabaláveis, consultórios descolados e consultas marcadas mas com horários cinicamente descumpridos -, sem importar talento e muito menos a vida humana. Os protestos que afloraram da categoria nesse momento, enquanto a saúde pública pena há tanto tempo, não é mais que prova encurralada de um Conselho no mínimo cruel... A estrutura da saúde brasileira está uma merda sim, mas a falta de leito não será mais desculpa para tamanho descaso e negligência que ocorre nos interiores brasileiros a fora.

Ainda cabe a percepção de que alguns médicos brasileiros, os que se importam no exercício da profissão, não conseguem lidar com realidade estrutural da prática - apenas mais uma demonstração da desigualdade existente nos setores políticos, sociais e econômicos daqui. Mas sabe porque, apesar terem sido instruídos em situações adversas de dificuldade, os cubanos -que foram recebidos de forma até xenofóbica -, podem (e querem) dar show nas condições consideradas ruins aqui no Brasil? Porque a Cuba que tem o sistema criticado, ironicamente oferece ensino e saúde preventiva  de forma igualitária para seu povo. 

Discriminação vazando no discurso -  não precisou chamar de "preta" ou "pobre" a empregada doméstica, mas isso ficou implícito.


É por isso que as médicas cubanas que tem "cara" de doméstica, segundo a 'inconsequente' Micheline ('jornalista' sem o mínimo de responsabilidade social), não foram importadas para exercer o papel que tantas mulheres exercem dignamente aqui no Brasil, onde muitas vezes não conseguirão ser médicas uma vez que o ensino de qualidade se resume aos que podem pagar escola particular.

campanha divulgada em rede social

Sabe o que eu queria mesmo? É que a espécie de médico que hoje protesta por causa de outros médicos que chegaram para somar fossem exportado para países de primeiro mundo, com as condições que lhes importa, pois esses senhores não querem atender gente com "cara" de doméstica, veja lá parecer ou concorrer com quem supostamente pareça...

 

Só não pensem os governantes que essa medida drástica de trazer médicos cubanos para cá os exime da obrigação de um investimento qualificado na saúde pública da qual infelizmente não usufruem para provar o quão mortífero é o SUS. Como o caso das Bolsas da vida, "tapeia" mas não resolve...


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