O troféu do adversário



O adversário ideal é aquele que tem o mesmo nível. Pois é, e pra tudo na vida. Sejam jogos, concursos, relações... relações? sim! As vezes somos obrigados a "concorrer" ai também.

Eu não gosto de perder, embora creia me comportar na derrota, ou ao menos, guardar as frustrações que são minhas pra sofrer apagado. Ainda não conheço ninguém que tem prazer em perder, mas que não sabem? conheço os bandos, times, torcidas, tropas... Não é todo mundo que sabe fingir que não se importa, encarar que poderia ter sido melhor e não teve sorte... Até porque, nem sempre se tem uma nova chance.

Se for pra perder, que seja peso, constumava brincar. Mas como atualmente não devo perder nem um grama, rs, afirmo que se for pra perder que seja de alguém mais capacitado, para que reconheça os motivos e eles sejam incentivo para desenvolver, porque se tem uma coisa complicada pra administrar, mesmo e principalmente internamente, é ser derrotado por alguém "menos qualificado".

É como o Flamengo perder de 3x0 de um time de terceira divisão (é de um profissional se questionar a profissão). É como um veterano em cursinho perder a vaga em medicina para um recém saído do ensino médio (será que toda dedicação não valeu a pena?). É como uma mocinha que curte MPB e preza por boas leituras perder o gatinho para uma bigoduda que facilita o lepo lepo em mesas de bar (é de perder o ânimo de se cuidar e preservar).

Em situações assim a cobrança é própria, não importa os métodos de quem "venceu". É que a gente ainda está acostumado a pensar que há formas de "segurar" o par, que "vence o melhor" e por aí, as pessoas amadas, as coisas desejadas viram troféus. Ouso dizer que quando chega ao estágio de venerado o ser amado já é um forte candidato a jogar do outro lado, mas isso é outra discussão.

Soube de uma mulher que foi trocada por seu grande amor. Se a perda tivesse sido "nivelada" acho que ela não passaria os demais anos de sua vida sem vestígios de sanidade mental e sucessivos picos de recaídas. O cara a trocou por uma "mulher da vida", me contaram. Tirou a moça literalmente do prostibulo e colocou em casa, em seu lugar.

Amor não se explica, mas desestrutura, não é? Ninguém colocou na cabeça da "doida" que ela não era "pior que puta". {espécie de preconceito que inferioriza pessoas que ganham a vida com seus corpos}

Há quem diga que é possível e quem consiga superar. Eu não julgo. A mulher passou o resto da vida meio tarada, abordando qualquer homem que passasse pela rua e ainda era acusada de "louca safada".

Dizem que morreu por desgosto e eu acredito. Com uma derrota sentimental dessas, qualquer adversário se torna maior e capaz de tornar você mesmo seu inimigo fatal.

 Contra sua tristeza, sua amargura, seu trauma, seu amor... ela perdeu, desmoronou!

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