A simples complexidade do amor


Quando você só precisa de alguém pela companhia, parece simples, mas não é: é amor! 

Só que companhias são momentâneas, umas podem perder a graça e outras tornarem-se atrativas. Em algumas companhias o tempo interfere, outras, perdem a prioridade. E aí, o que pode ser um paraíso recíproco e privado à dois, passa a ser um inferno fracassado e também privado, só que solitário.

Aí está a complexidade do amor, tentar equilibrar o fato de a vida ser muito dura para viver só, mas também ser muito boa para viver só. 

Saber que amor é algo mais que o número maior de afinidades compatíveis ou agrados românticos com finalidades sexuais, em detrimento do que é pouco relevante e, mesmo assim, fazem a companhia de alguém ser insubstituível. 

Amor é quando você reconhece que existem várias pessoas com quem você poderia determinar uma relação de respeito, mas escolhe alguém para torná-la duradoura. É aquele estado em que, mesmo que seu companheiro perca a memória, você permanece realizando aquilo que sabe que ele gostaria se  estive bem, só pela sensação de agradar.

 Amor é aquela simples complexidade que resulta em pesquisas (Escola Holmes e Rahe) mostrarem que a situação mais estressante que as pessoas enfrentarão na vida é a morte do cônjuge, seguido de divórcio, morte de um parente próximo (como filho, acredite, está em terceiro lugar) e, só então, doenças, demissão e prisão.

Amor é aquela coisa, forte capaz de te fazer chorar meses a fio, depois guardar alguém para momentos de lembranças que fazem se sentir enterrando-se vivo em seu próprio corpo, seu próprio mundo, sua própria casa e seu próprio ritmo, que parece ter ganhado um descompasso adaptado para dois.

E assim é o amor e os riscos de amar, mas do contrário, como dosá-lo?

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